terça-feira, 23 de dezembro de 2008

TEQUILA -- PT. 1

O sinônimo de sexta-feira sempre esteve ligado á festas, diversão, bares e coisas similares para todo e qualquer estudante universitário, na dita sã consciência! O sábado se aproximando e a habitual balada junto com o mesmo fazem crescer uma forte expectativa nos jovens, e muitos inclusive se organizam para o evento. Para os alunos da FSP, (Faculdade de São Paulo), isso estava evidente. Sexta-feira no mês de junho, dia 13. Para eles, isso pouco importava. Rogério, Carla, Fabiana e Luiz Guilherme tinham um trabalho a apresentar.

São seis e quarenta. Carla está sentada do lado de fora da classe, organizando os materiais. 2º andar, sala 205. Rogério está bebendo água e Fabiana está a caminho. Luiz Guilherme está tirando algumas dúvidas do grupo com o professor na sala dos professores. Ele desce com todas as anotações e entrega para Carla.

- Quanto tempo a gente tem, mesmo?!

- Vinte minutos. Se passar disso, a gente perde 2 pontos.

- Merda!

Eles fizeram a apresentação dentro dos vinte minutos previstos e o slide show não apresentou problemas. Os quatro estavam convictos de que havia se dado bem na apresentação. O professor apenas expressou alguns poucos comentários a respeito do projeto, mas não anunciou a nota. Como todo colégio, havia lá seus informantes dentre os alunos. Estes conversavam com os professores e na tentativa de extrair-lhes alguma declaração, poderiam deduzir a nota. Roberta, colega do grupo, se encarregou do fato, e voltou à sala com a versão (não-oficial) de que o grupo havia passado. Eles precisavam saber daquilo, afinal, era a maior nota do semestre, em conjunto com a prova final.

Após o intervalo, o professor voltou à classe para passar a nota do grupo de Carla e de mais um que havia se apresentado, em conjunto com eles. Ambos haviam passado. O grupo tirou 8,75. O suficiente para tirar vinte quilos das costas. E sair correndo para o bar. Faltavam cinco minutos para bater o sinal do fim da aula, e tudo parecia seguir o figurino. E superar todas as expectativas.

Ao bater o sinal, um black-out domina o prédio da faculdade e todos os equipamentos, consequentemente, param de funcionar. Os alunos gritam histéricos. A queda de energia sempre foi motivo de comemoração por algum lado. Num tempo de cinco minutos, as luzes de emergência se acendem por completo. Os alunos desceram as escadas até chegar ao pátio, mas Rogério percebe que Carla não descera com eles. Fabiana sobe pra ver aonde Carla entrou e começou olhando na sala. Depois no corredor, banheiro e o primeiro andar. Nenhum sinal. Ela volta e avisa os colegas de que ela provavelmente sumira. Luiz Guilherme sugere ligar para o celular de Carla. Ele só toca, mas ninguém atende. Fabiana volta ao primeiro andar e continua procurando por Carla, sempre ligando ao telefone, quando escuta o toque e decide seguí-lo. Ela chama a Roberta para acompanhá-la.

Naquele instante, Fabiana chegou a supor que Carla havia passado mal e provavelmente desmaiado, o que começou a preocupá-la. Inclusive chegou a discutir a hipótese com Roberta. E ambas concordam possível. O toque vai ficando mais alto, conforme se aproximam da sala dos professores. Roberta achou muito estranho ela ter ido parar lá.

Rapidamente abrem a porta...

(Continua...)

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